Telegram, uma alterativa ao Whatsapp

No início de setembro deste ano, o Whatsapp chegou a marca dos 900 milhões de usuários ativos em todo o mundo, de acordo com os dados da própria empresa. A popularidade do aplicativo reflete a sua excelente adequação como ferramenta de bate-papo, que une instantaneidade, baixo custo de uso e interface intuitiva. Então, frente a esse evidente sucesso, por qual motivo precisamos pensar em alternativas para o Whatsapp? Uma das respostas é segurança.

Talvez essa preocupação seja ainda um pouco abstrata para a maioria dos usuários de aplicativos de troca de mensagem, mas a questão está no fato de que quanto mais pessoas utilizam o Whatsapp, mais informações e dados sobre todos nós é adquirida pelos servidores do aplicativo. Poucos leem de fato os termos de uso desses programas (como discutido no documentário Terms and Conditions May Apply, disponível no Netflix), portanto não temos muito controle sobre a privacidade ou os usos que podem ser feitos dos dados que transitam pelo aplicativo. Por isso, opções mais conscientes relacionadas à privacidade são importantes aos usuários e é isso que o Telegram traz.

Diferente do Whatsapp, o Telegram oferece configurações avançadas de fácil habilitação que permitem criptografar as suas mensagens. Ou seja, ao enviar a mensagem para um contato específico ela será transmitida em um código que somente o seu destinatário conseguirá decifrar. Sendo assim, evita-se a possibilidade de a sua mensagem ser interceptada por terceiros ou ainda que seja armazenada de forma legível nos servidores do aplicativo. Outra configuração interessante é o chat secreto. Nesta opção é possível programar a autodestruição das mensagens, evitando que elas sejam arquivadas permanentemente.

O Telegram é gratuito e pode ser instalado em dispositivos que utilizam os sistemas IOS, Android e Windows Phone.

Para saber mais (inclusive sobre outras funcionalidades do Telegram), acesse o site do aplicativo.

Sobre Letícia Lopes

Letícia Lopes é mestranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia PósCom/UFBA, onde integra a linha de Cibercultura. É bacharel em Comunicação Social (habilitação Relações Públicas) pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde foi bolsista de iniciação científica (Fapemig) por dois anos no Grupo de Pesquisa em Comunicação, mídia e cultura – PPGCom – UFMG. Pesquisa sobre YouTube, Networks, apropriação, identidade e gênero.