Pesquisador@s

Coordenadora:

Graciela NatansohnGraciela Natansohn é professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas e da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Suas pesquisas e produções concentram-se na interseção entre a Comunicação e o Feminismo: questões de gênero na cultura digital e no jornalismo; Mulheres e TIC´s, ciberfeminismos e tecnofeminismos. Graduada em Jornalismo (Universidad Nacional de La Plata, Argentina,1984),  Licenciatura em Comunicação Social ( Universidad Nacional de La Plata, Argentina , 1987), mestrado (1998) e doutorado (2003) em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. Pós-doutorado em Universidad Nacional de Buenos Aires (Argentina). Coordena o grupo de Pesquisa em Gênero, Tecnologias DIgitais e Cultura (GIG@/UFBA).

Projeto de pesquisa atual: Apropriação de mídias digitais – Um Olhar de gênero.
Resumo:  Esta investigação problematiza as experiências das pessoas nas suas aproximações às tecnologias de informação digitais, com um olhar sensível às questões de gênero e outras interseccionalidades. O objetivo geral do projeto visa compreender as especificidades dos processos de apropriação das tecnologias da informação e comunicação (TIC) por parte de mulheres de setores populares, através da análise dos usos dos computadores domésticos, celulares e outras TIC. Mediante uma abordagem qualitativa de tipo etnográfica e audiovisual com mulheres cujo acesso aos computadores é recente, está em fase inicial e não é profissional, pretendo compreender a complexa trama de experiências, saberes, imaginários e práticas que colaboram na atribuição de sentido às interações com os objetos tecnológicos.

Pesquisador@s:

Profa. Dra. Mônica PazMônica Paz é doutora (2015) e mestre (2010) pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom/UFBA), na linha de pesquisa sobre Cibercultura, e Bacharel em Ciência da Computação (2007) pelo DCC/UFBA. Fez o seu doutorado Sanduíche na Universidade de Barcelona-ES (2013). Colaborou com o coletivo Projeto Software Livre Bahia (PSL-BA), sendo responsável pelo conteúdo e comunicação de edições do Festival Software Livre da Bahia, além de outros projetos de inclusão digital. Participou do Projeto de Pesquisa “Labdebug: Mulheres e Tecnologia. Teorias e Práticas na cultura digital”. Pesquisa sobre as mulheres e os grupos de mulheres na comunidade software livre do Brasil.
Tese de doutorado: Gênero e Tecnologia: hackeando as relações de gênero na comunidade software livre do Brasil
Resumo: Este projeto de pesquisa visou analisar a comunidade brasileira de software livre (SL), confrontando os princípios da cultura hacker e do software livre com as questões feministas sobre gênero e tecnologia. Dessa forma, buscou-se entender, no que se refere ao lugar social e ativista das mulheres nesta comunidade, como se dá esta relação entre movimento de mulheres na TI e o SL, principalmente, o empoderamento destas mulheres e suas contribuições para a comunidade.

Josemira Reis é doutoranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Possui mestrado em Comunicação e Cultura Contemporâneas, pela UFBA (2015) e graduação em Comunicação Social, pela Universidade Católica do Salvador (2000). Acumula experiência profissional na área de comunicação institucional para o Terceiro Setor, produção cultural e gestão de projetos comunicacionais na web.

Projeto de doutorado: Mulheres, apropriações tecnomediáticas e os novos sentidos do hackerismo.

Resumo: O entendimento de que as tecnologias de informação e comunicação (TICs), sobretudo suas infraestruturas, tem operado impactos decisivos no âmbito das relações políticas, econômicas, laborais, culturais e subjetivas tem apontado para a pertinência de investigações que busquem entender os processos de apropriação que circunscrevem essa área. Desse processo emergem questionamentos sobre que tipo de sujeitos elas têm atendido, quais as necessidades de incremento social tem comunicado e, sobretudo, que tipo de disputa de transformação dessas dinâmicas sociotécnicas estão sendo empreendidas. A partir dessa perspectiva, busca-se refletir sobre as reconfigurações éticas e culturais que o recente fenômeno da popularização de hackerspaces formado por mulheres tem suscitado. Para isso, voltamos nossa atenção para os usos e significados que a apropriação de softwares e hardwares mobilizam para essas atrizes pensarem os horizontes de transformação sociotécnica que almejam. Para tanto, propõe-se a realização de um estudo qualitativo amparado nos referenciais metodológicos do campo etnográfico, principalmente das tecnobiografias.

Sérgio Rodrigo da Silva Ferreira faz estágio pós-doutoral, é doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas (POSCOM/UFBA-2016), mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGP/UFES-2012), mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades (POSCOM/UFES-2015) e bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Ufes (2009). É membro do Grupo de pesquisa em Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura (Gig@/UFBA). É autor do livro “Microblog: comunicação e relacionamento em redes sociais”, além de ter organizado coletâneas e periódicos acadêmicos.  Tem experiência na área de Comunicação e da Cultura, com ênfase em Novas Tecnologias da Informação, Imagem e Mídia, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura digital, gênero e subjetividade. Atua, ainda, como docente, artista gráfico e produtor editorial de periódicos acadêmicos e livros.

Tese de doutorado: Digitalização de si e transmasculinidades: a constituição de subjetividades gendradas e a produção de saberes no Facebook

Resumo: A transgeneridade masculina diz respeito às pessoas que não estão em conformidade com o gênero que lhes foi atribuído pela cisgeneridade compulsória e que se constituem e se expressam como sujeitos no espectro das masculinidades. Entendemos cisgeneridade compulsória como a lógica normativa binarista e biologizante que atrela invariavelmente uma materialidade do corpo em suas características sexuais a uma identidade de gênero. Nesta tese, pelo método genealógico e com uma estratégia de coleta e análise de dados de caráter qualitativo, conversamos com homens trans e analisamos suas produções na plataforma de rede social Facebook com o objetivo de compreender o agenciamento tecnológico sobre a produção de subjetividades gendradas.

Eduardo Pereira Francisco é doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom/UFBA), na linha de pesquisa de Cibercultura. Mestre pelo PósCom/UFBA, na linha de pesquisa de Análise de Produtos e Linguagens da Cultura Mediática. Graduado em Comunicação Social com habilitação em jornalismo pela Faculdade Social da Bahia (FSBA). É membro do Grupo de Pesquisa em Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura (GIG@/UFBA).

Projeto de doutorado: Youtubers LGBT: Produção de saberes sobre sexualidade e gênero, compartilhamento de experiências de vida e ativismo no YouTube

Resumo: Os ativismos das pessoas que se identificam socialmente como LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros) passaram por muitas transformações na última década. Muitas relacionadas às formas de organização e estratégias políticas de atuação na sociedade. Tais mutações se originam, entre outros fatores, da popularização das representações midiáticas dessas identidades em produtos culturais, assim como dos estudos feministas e queer no Brasil. Tudo isso, no contexto de avanços tecnológicos da internet – que foram fundamentais neste processo e muito fomentaram a discussão da temática. Neste contexto, propõe-se mapear e analisar como produções elaboradas por pessoas LGBT no YouTube: 1) se inserem no contexto dos ativismos na rede pela diversidade sexual e de gênero; 2) se constituem através das possibilidades e limites desta plataforma audiovisual online; 3) fomenta a produção de saberes sobre sexualidade e gênero através do compartilhamento de experiências de vida.

Thiane Neves Barros é mestra em Ciências da Comunicação pela Universidade Federal do Pará, especialista em Gestão de Processos Comunicacionais pela Universidade de São Paulo e graduada em Comunicação Social pela Universidade da Amazônia. É ciberfeminista, escreve para o site Blogueiras Negras. Pesquisa divulgação científica, feminismo negro e interseccionalidade na cibercultura.

Rafaela Martins é mestranda em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia e Bacharel em Comunicação Social  com ênfase em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Estácio da Bahia. Pesquisa práticas comunicacionais no YouTube, apropriações tecnológicas e brechas digitais de gênero.

Projeto de mestrado: Práticas comunicacionais no YouTube: analisando geração e apropriações tecnológicas

Resumo:
Diante das atuais práticas comunicacionais frente às tecnologias digitais, cresce o interesse pelo tema das apropriações tecnológicas dentro dos estudos de gênero. Além disso, observamos uma concentração no perfil etário de produtores de conteúdo audiovisual digital.  Nesse contexto, consideramos necessária a análise das questões de gênero e geração no YouTube devido ao fenômeno da produção audiovisual nesse ambiente. Para isso, nosso estudo foca em canais de YouTube protagonizados por mulheres de mais de 50 anos. O perfil etário, em comparação com as demais youtubers de destaque no Brasil, chama atenção e leva-nos a buscar entender: quais especificidades geracionais encontramos nos conteúdos dos vídeos dessas youtubers? A partir dos estudos sobre apropriações tecnológicas, geração e brechas digitais utilizaremos uma abordagem exploratória e empírica para investigar a apropriação audiovisual dessas produtoras de conteúdo no YouTube.

Vilbégina Monteiro dos Santos é doutoranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação e culturas contemporâneas, da Universidade Federal da Bahia (2019). É mestra em Cultura e Sociedade, pela Universidade Federal da Bahia (2011), especialista em Estudos Culturais de Literaturas de língua portuguesa (2003), pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), e graduada em Comunicação Social/Jornalismo, pela Universidade Estadual da Paraíba (2002). Atualmente é professora assistente do curso de Comunicação Social/Rádio e TV, da Universidade do Estado da Bahia. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Comunicação e Cultura, atuando principalmente nos seguintes temas: Gênero, tecnologias, identidade, diversidade, recepção midiática e políticas culturais e de comunicação.
Projeto de doutorado: Mulheres-Medicina e o reencantamento do mundo por redes sociais digitais: os processos comunicacionais nas relações entre feminismo, tecnologias e ciência
Resumo: A pesquisa visa analisar as redes sociais digitais construídas pelas chamadas mulheres-medicina, mulheres que utilizam práticas de cura baseadas nos saberes ancestrais nativistas/xamânicos. O objetivo é investigar as interações sociais mediadas por computador entre os atores (mulheres-medicina, seguidoras, conceitos da teologia feminista e ecofeminismo) e quais as conexões, dinâmicas e especificidades desse ambiente interacional. Utilizando a análise das estruturas das redes sociais na Internet como operador conceitual e a combinação metodológica do mapeamento da conversação mediada por computador (CMC) e da Hermenêutica da Profundidade (HP), a proposição da pesquisa busca mapear as trocas conversacionais entre esses atores e no sistema; compreender a natureza das relações sociais estabelecidas; avaliar os elementos do laço social que conecta esses atores e suas principais características; compreender o ecofeminismo e os processos de economia das trocas simbólico-materiais realizadas pelas mulheres adeptas na construção das identidades/identificações de gênero; analisar a teologia feminista e sua influência na constituição da espiritualidade não institucionalizada, e; verificar os saberes etnomédicos compartilhados e produzidos por este grupo, constituindo-se outras epistemologias e crítica ao conhecimento.

Juliana Motter é jornalista, mestre em Direitos Humanos e Cidadania (UnB), doutoranda em Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA), pesquisadora em questões de gênero e sexualidade (Nedig/CEAM/UnB), é artivista sapatona e integrante das coletivas de intervenção urbana Amorço e Velcro Choque. Pesquisa temas que envolvem novas mídias, construções de discursos e novas linguagens, lesbianidades, artivismo, ocupação e intervenção urbana.

Resumo: consiste no monitoramento, coleta, codificação e análise de comentários em páginas do Facebook de portais de notícias sobre feminicídio, estupro e aborto. Através de abordagem metodológica da teoria fundamentada nos dados, pretende-se verificar se e de quais formas o comportamento discursivo de ódio nas redes sociais têm se estruturado para construir e fazer a manutenção argumentativa da violência contra a mulher, com ênfase no estupro, feminicídio e a criminalização do aborto e como isso se relaciona com as demais esferas da sociedade. O objetivo é observar em quais medidas o discurso de ódio tem servido como uma resposta aos avanços dos direitos das mulheres, tanto na conquista de direitos recentes, como a tipificação do feminicídio, quanto às discussões de pautas, como o alto índice de estupros e os avanços no debate sobre a descriminalização do aborto, que vêm sendo articuladas pelos movimentos de mulheres, visibilizadas pela internet e, consequentemente, pelas mídias tradicionais.

Ana Paula Coelho é doutoranda pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Federal da Bahia, Comunicação e Cultura Contemporâneas” e pesquisadora vinculada ao laboratório Gig@. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades da Universidade Federal do Espírito Santo, com projeto intitulado “Mulheres e Tecnologia: a apropriação política e feminista nas redes” (2018). Possui graduação em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão (2015). Desenvolveu trabalhos nas áreas de assessoria de imprensa, jornalismo, fotografia, monitoramento e análise de redes sociais na Assessoria de Comunicação do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão, além de trabalhar como repórter do Jornal O Imparcial. Participou de Projetos de Pesquisa de Iniciação Científica CNPq com temas nas áreas de tecnologia, comunicação e movimentos sociais e PIBIC/UFMA com trabalhos na temática comunicação organizacional na região Nordeste. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Assessoria de Imprensa, Eventos, Webjornalismo, Monitoramento de Redes Sociais, Tecnologia e Fotojornalismo.

Projeto de doutorado: Ciberfeminismo e subjetividades no ciberespaço: as relações entre mulheres e máquinas em recodificações de corpos e cibernarrativas
Resumo: o projeto tem como base metodológica a Teoria Ator-Rede, apoiada em Teorias e métodos de pesquisa feministas. Tem como objetivo cartografar propostas narrativas dos movimentos feministas e ciberfeministas em rede, traçando contextos em redes de relações orientadas pelo uso da internet e seus códigos de comunicação mulher-máquina, o que implica em uma investigação sobre as relações dos movimentos feministas, a internet e o ciberfeminismo em suas subjetividades e corporificações. Sendo assim, análises de acontecimentos e suas reverberações e controvérsias serão a matéria-prima para uma cartografia do campo político, social, tecnológico, científico e midiático do ativismo ciberfeminista.

Gabriela Goulart Mora é doutoranda na Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais (FLACSO – Argentina), com previsão de conclusão em 2025. Possui mestrado em Antropologia e Desenvolvimento (2009) pela London School of Economics and Political Science (LSE), mestrado (2008) e graduação (1997) em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB). Trabalha como oficial de programas na área de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes no Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em Brasília, onde também atua como ponto focal de gênero. Tem experiência profissional na área de comunicação e projetos sociais em organizações não governamentais e organismos internacionais, além de ter realizado trabalhos de consultoria que resultaram em publicações e materiais de mobilização social.

Projeto de doutorado: Códigos de cuidado: estratégias de estudantes de escolas públicas no Brasil frente à ciberviolência de gênero.

Resumo: O projeto se propõe a identificar, sistematizar e analisar riscos e oportunidades encontradas por meninas de escolas públicas no Brasil frente à ciberviolência de gênero, com um olhar para potenciais fontes de apoio para o seu desenvolvimento, particularmente nas escolas. Para isso, busca referências sobre as desigualdades estruturais de gênero na internet e a ciberviolência de gênero; a socialização de adolescentes online/offline; a literacia digital e as barreiras referentes à própria lógica das plataformas digitais.

Pesquisador@s que já participaram do grupo:

florenciatFlorencia Goldsman é mestra em Comunicação e Cultura Contemporâneas, pelo PósCom/UFBA. Desenvolveu no Gig@ pesquisa sobre violência de gênero e participação política no Twitter.  Jornalista argentina, com mais de 10 anos de trabalho nos meios digitais, revistas e suplementos culturais. Nos últimos anos se especializou em ciberfeminismo e jornalismo com perspectiva de gênero. Seus trabalhos são publicados na Página 12 (Argentina), Revista Píkara (País Vasco), La Cuerda (Guatemala), Radio Nosotras en el Mundo (Argentina – El Salvador) e Comunicar Igualdad (Argentina).

Projeto de mestrado: Violencia de género y  participación política en Twitter

Resumo: A partir de casos que expresan violencia en la red social Twitter, describiremos las diversas formas de  interacciones sociales cuyos contenidos manifiestan la misoginia digital y el ciberacoso en ambientes digitales. En  relación con los estudios  de cibercultura que hacen abordajes específicos que documentan la co­construcción de los nuevos medios, exploraremos bibliografía, levantaremos datos y sistematizaremos las   dinámicas de argumentación y contra­argumentación en discursos que remiten a la violencia de género. Analizaremos la forma en que evidencian características propias ligadas a dicha red social por medio de un software de rastrillaje de datos (scrapping) orientado a explicar la complejidad del fenómeno.

Javier Vázqjavier_pesquisauez possui dupla formação em Jornalismo e Comunicação Audiovisual – Universidad Rey Juan Carlos (2013), em Madrid, Espanha e é Mestre em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Faculdade de Comunicação da UFBA (2015). Trabalhou como Web Designer em projetos para a empresa de seguros MAPFRE, e para sua FUNDAÇÃO. Tem interesse em gênero, cibercultura e linguagem digital.

Projeto de Mestrado: Os estereótipos de gênero em revistas digitais

Resumo: Com o surgimento de revistas digitais, as representações sobre masculinidades e feminidades com respeito às imagens sobre homens e mulheres mostradas até esse momento nos meios tradicionais tem mudado. Com o estudo de 6 revistas digitais (3 para público feminino e 3 para público masculino), e através do análise dos elementos textuais e não textuais, serão reconhecidos e analisados os estereótipos de gênero encontrados e serão propostas novas formas de representação de homens e mulheres nestas revistas.

 

Juliana Brito é mestranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia (PósCom/UFBA), na linha de Cibercultura. É jornalista formada pela Faculdade de Comunicação da UFBA, onde foi bolsista de iniciação científica (CNPq) por dois anos no atual Laboratório de Análise de Teleficção (A-Tevê), e especialista em Estudos Culturais, História e Linguagens pela Unijorge. Pesquisa sobre influenciadoras digitais, redes sociais, empoderamento feminino e gênero.

Projeto de mestrado: Construção da mulher empoderada nas redes sociais: uma análise do gerenciamento de impressões das fanpages de Jout Jout e Tia Má.

Resumo: Este projeto de pesquisa tem como objetivo analisar os efeitos de sentido produzidos a partir dos discursos sobre empoderamento feminino das influenciadoras digitais/youtubers Jout Jout e Tia Má em suas fanpages no Facebook. Parte-se do pressuposto de que essas influenciadoras digitais têm obtido destaque na chamada “quarta onda do feminismo” em curso no Brasil, que tem no ciberespaço um palco de grande relevância, influindo sobre a autoestima e no processo de empoderamento de milhares de mulheres brasileiras que as seguem em suas páginas nas redes sociais.

Juliana Santana é bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e mestra (2016) pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom/UFBA), na linha de pesquisa sobre Cibercultura. Pesquisa sobre mulheres, corpo, tecnologias e interações sociais.

Projeto de mestrado: “Aqui eu grito tudo que sofro calada” – #thinspiration: a construção digital do corpo anorético feminino no Tumblr

Resumo: A presença imperativa na mídia da tríade magreza/beleza/felicidade e o disciplinamento doentio, e muitas vezes fatal, que as mulheres impingem aos seus corpos, apresentam-se como um cenário favorável à reflexão e investigação teórica, principalmente quando entrelaçados aos estudos de cibercultura. Este projeto de pesquisa busca compreender o fenômeno contemporâneo da construção digital do corpo anorético feminino, a partir da análise de imagens compartilhadas por jovens garotas, usuárias da plataforma de microblogging Tumblr.

leticiaLetícia Lopes é mestra pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia PósCom/UFBA, onde integra a linha de Cibercultura. É bacharel em Comunicação Social (habilitação Relações Públicas) pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde foi bolsista de iniciação científica (Fapemig) por dois anos no Grupo de Pesquisa em Comunicação, mídia e cultura – PPGCom – UFMG. Pesquisa sobre YouTube, Networks, apropriação, identidade e gênero.

Projeto de mestrado: “Se baixarmos o ‘volume’, não vão nos ouvir”: as apropriações do YouTube e a performance das mulheres “crespas” e “cacheadas”.

Resumo: a partir de um conjunto de canais do YouTube produzidos por mulheres que abordam em seus vídeos temas relacionados aos cabelos crespos e cacheados, a pesquisa visa analisar como a apropriação de plataformas audiovisuais on-line, como o YouTube, favorece e operam como agentes na difusão, visibilidade  e agendamento de temas pouco abordados em outros espaços mediáticos. Acreditamos que isso contribui para a ressignificação dos mesmos, uma vez que esses indivíduos tornam-se protagonistas de novas formas de construção de sentido sobre as suas próprias vivências. Assim, por meio da categoria modos de endereçamento (ELLSWORTH, 2001), buscamos por indícios das escolhas onde essas YouTubers “crespas” e “cacheadas”  dialogam com o atual contexto ideológico e político acerca do cabelo. Como chaves de leitura, nos propomos olhar especialmente para elementos de suas performances (SIBILIA, 2015; 2016) e apropriações (MORALES, 2009) das características sociotécnicas do YouTube e da produção e linguagem audiovisual. Dessa maneira, pretende-se, a partir dos resultados encontrados, responder a questão: de que maneira essas YouTubers conformam uma vivência “crespa” e “cacheada” atravessada por conflitos de gênero e raça e como esse processo reflete outras relações de construção de si no âmbito da cibercultura?

Sobre o Autor

GIG@/UFBA - Grupo de Pesquisa em Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura – Universidade Federal da Bahia