Programadoras, hackers e inventoras participaram no último final de semana (3 e 4) da primeira edição do projeto ‘Desafios Bahia Hackathon’ com o tema ‘Respeita as Mina’. A ação promovida pela Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, em parceria com a Secretaria de Política Para Mulheres do Estado (SPM), Ufba, Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodeb) e a Polícia Militar da Bahia, aconteceu no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador.
O objetivo da ação foi o de promover o desenvolvimento de tecnologias que contribuíssem para o fortalecimento da rede de atenção à mulher em situação de violência. Durante o evento foram apresentados sete projetos pensados em espaços na WEB e em aplicativos de celular. O projeto vencedor foi um software que aproxima a Operação Ronda Maria da Penha das vítimas de violência de gênero assistidas. A equipe toda de jovens soteropolitanos era formada por Ana Carolina Cerqueira Ferreira, Bárbara Gabriele Lima Luz Santos, Ingrid Cruz Rodrigues e Robson Sousa.
A universitária Ana Carolina integrante da equipe vencedora afirmou que o sistema que eles criaram também contabiliza as ocorrências de violência contra a mulher e gera relatórios que vão poder ser avaliados. “Criamos um tipo de diário digital para que a Polícia Militar possa acompanhar o dia a dia das vítimas”, explicou. A equipe vencedora teve como prêmio ingressos para o Campus Party, e o segundo e terceiro lugares ganharam consultoria para desenvolver seus projetos.
Graciela Natansohn, coordenadora do Grupo Gig@ da Ufba, foi jurada do evento representando a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres e avaliou a ação como muito relevante, especialmente pelo fato da primeira hackathon oficial organizada pelo governo estadual ter abraçado uma temática feminista, preocupada com a violência de gênero. Graciela disse ainda que todos os projetos apresentados eram de altíssimo nível e destacou que a maioria das participantes eram mulheres negras. “Isso fala sobre empoderamentos de mulheres em relação a tecnologia, inclusive de mulheres negras, que estão marcando forte presença no âmbito da cultura digital aqui no Brasil”, completou.
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