O Gig@ é um dos grupos co-organizadores do “II Encontro Internacional Ciberfeminista: decolonizando a internet”, que acontecerá no dia 15 de março, às 9h, no auditório de videoconferência, da faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Estrada de São Lázaro/ Federação), durante a 13ª edição do Fórum Social Mundial (FSM), em Salvador, Bahia.
Vamos reunir lideranças feministas e de grupos de mulheres que utilizam a internet para a socialização de experiências e proposição de espaços seguros, de autodefesa e de usos críticos dessa ferramenta de comunicação.
Está programada uma roda de conversa na qual as participantes vão se apresentar, falar sobre seus projetos e ações e apontar prioridades para uma internet feminista. Será apresentada também a proposta da Rede Ciberfeminista BR na plataforma Noosfero, com distribuição de funções de manutenção e arranjos gerais para seu funcionamento online.
Nossa rede parte da compreensão da apropriação da internet como um direito humano e dos ciberfeminismos contemporâneos como o cruzamento de diversas estratégias de comunicação digital amplamente utilizadas pelos movimentos de mulheres. Por isso, pretendemos discutir, capacitar e debater formas de defesa do ativismo feminista (cis e trans) na internet, focando na privacidade e na segurança digital do ponto de vista feminista decolonial.
Esse trabalho coletivo tem como objetivo produzir possibilidades para uma internet inclusiva, feminista e antirracista. Partimos da compreensão das brechas digitais de gênero e raça e do combate à violência e discriminação contra as mulheres cis e trans, negras e indígenas na internet. Essas brechas são entendidas como consequência do lugar subalterno das mulheres na tecnologia e se aprofundam pelas condições desenvolvidas pela maioria das aplicações mais populares, como sites de redes sociais e serviços de mensagens, cujos modos de funcionamento são opacos para suas usuárias.
Esperamos que essa produção possa fortalecer redes de mulheres tanto em nível local como global, ajudando-as, por exemplo, a encontrar formas de autodefesa nas redes sociais corporativas mais populares, como Twitter e Facebook.
A organização do evento conta com a participação da Associação Cultural e Artística de Santiago do Iguape, Cachoeira/BA; Blogueiras Negras; PretaLab; InternetLab; Meninas Digitais-Regional Bahia; Escola de App; Intervozes; Barão de Itararé; Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia da Comunicação e da Informação (PEIC/ECO/UFRJ); e do Grupo de Pesquisa em Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura(GIG@/FACOM/UFBA).
Sobre o I Encontro Internacional Ciberfeminista
O I Encontro Internacional Ciberfeminista aconteceu em setembro de 1997, no marco da Documenta X, uma das mostras mais importantes de arte contemporânea do mundo, realizada a cada cinco anos em Kassel, na Alemanha. Naquela edição, compareceram VNS Matrix, subRosa, além de outros grupos dos EUA, União Europeia, Austrália e Rússia. Na ocasião, a Old Boys Network (OBN) foi a anfitriã. Esse grupo, liderado por Cornelia Sollfrank, surgiu de INNEN, um coletivo de quatro mulheres artistas que trabalharam formatos eletrônicos e perspectiva de gênero, fundado em Hamburgo, na Alemanha, em 1992.
Serviço
O que: II Encontro Internacional Ciberfeminista: decolonizando a internet
Quando: 15 de março de 2018, às 9h
Onde: No 13º Fórum Social Mundial, em Salvador (BA) – auditório de videoconferencia, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Estrada de São Lázaro/ Federação)
Inscrições para o FSM: https://wsf2018.org/
Inscrições para a atividade: https://wsf2018.org/es/membros/larissantiago/groups/
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