Pesquisadores latino-americanos de Apropriações de Tecnologias se reúnem em Montevidéu

Aconteceu na cidade de Montevidéu, no Uruguai, entre 14 e 16 deste mês, o 3º Encontro Latino-americano da Rede de Pesquisadores sobre Apropriação de Tecnologias (RIAT), organizado pelo Observatorio de Tecnologías de la Información y Comuniccación da Universidad de la República.

O encontro reuniu a rede de pesquisadores para debater e trocar os resultados de seus trabalhos e estudos sobre os processos de apropriação de Tecnologias na América Latina em espaços de trabalho para os membros da rede – como painéis temáticos, oficinas e plenárias – e nas conferências abertas ao público em geral. O objetivo do RIAT é constituir um campo de conhecimento orientado para a análise dos problemas que ocupam o coletivo a partir da sinergia produzida pela troca de diversos grupos de pesquisa.

A coordenadora do Grupo de Pesquisa em Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura (GIG@) da Universidade Federal da Bahia, Graciela Natansohn participou do painel sobre Teoria da apropriação de tecnologias digitais, apresentando os resultados de sua pesquisa sobre Ciberfeminismos Contemporâneos. Em sua fala, Natansohn destacou que os atuais movimentos reatualizam o ciberfeminismo, diferenciando temas, objetivos e estratégias tanto das primeiras ciberfeministas da década de 1990, quanto dos que ocorrem em sites de rede social.

Se definindo como ciberfeministas, hackfeministas ou transhackfeministas, as mulheres desses movimentos (cis e trans) têm um enfoque comunitarista e discutem o capitalismo de vigilância, a concentração monopólica da internet, a misoginia e a violência  na rede e o potencial vigilante do modelo de negócios baseado na venda de dados pessoais. Deste modo sustentam projetos tecnológicos locais e seguros, autogestionados, independentes e cooperativos.

Leia aqui o resumo completo do trabalho apresentado (em espanhol).

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